Na década de 60, uma descoberta de cientistas canadenses revolucionou a ciência moderna. Em 1963, James Till, Andrew Becker e Ernest McCullock denunciaram a existência de células primárias presentes em todos os seres multicelulares que, através de uma renovação por mitose, poderiam gerar outros tipos de células especializadas, como neurônios, células sanguíneas e muitas outras. Essas células foram chamadas de células-tronco ou células-mãe. A partir delas, pesquisadores iniciaram sua busca incessante pela cura de doenças que antes parecia não existir. Entre as promessas dos benefícios terapêuticos das células-mãe, estão a cura de doenças degenerativas, como o Alzheimer e Parkinson, de lesões cervicais, e de doenças crônicas, como o Diabetes. Porém, os avanços sugerem possibilidades que vão muito além disso.
Não é à toa que as células-tronco receberam esse nome. A analogia feita ao tronco das árvores, que geram as outras estruturas vegetais, como galhos, folhas e flores, refere-se à capacidade delas de dar origem a células de todos os tipos de tecido do corpo humano. Elas podem ser encontradas nos embriões, estágio com maior potencial terapêutico, e em determinados tecidos já formados, como no nervoso, na medula óssea, no sangue e no epitélio. Contudo, nestes as células-mãe são mais limitadas e têm uma maior especificidade nas células que podem gerar. Os cientistas vêm trabalhando com células de embriões congelados ou que foram descartados por clínicas de fertilização, porém hoje já existe a produção de células-tronco em laboratório. Mas como esse processo é mais complexo e exige equipamentos mais sofisticados, a fabricação de células-tronco artificiais ainda é recente.
O Brasil está entre os cinco países do mundo que detém a tecnologia das células-mãe, junto com Estados Unidos, Alemanha, China e Japão. Ele tem se destacado cada vez mais nas suas pesquisas, principalmente nas que estudam as células-tronco adultas, com enfoque para o tratamento de doenças cardíacas e neuromusculares. Em 2009, o Brasil ganhou oficialmente seu primeiro laboratório para a criação de células-tronco pluripotentes induzidas, ou seja, que não são obtidas a partir de embriões. Além disso, cientistas brasileiros descobriram uma nova fonte de células-mãe, com a vantagem de não derivarem de células embrionárias. A fonte são as tubas uterinas, tecido muito rico em células-tronco capazes de gerar ossos, músculos, cartilagens e gordura.
A ciência tem evoluído constantemente no campo das células-mãe. Estimativas apontam que, em pouco tempo, milhares de doenças importantes que atingem uma parte significativa da população mundial já terão cura, proporcionando à humanidade uma maior expectativa de vida e segurança em relação à saúde de todos.
9 de maio de 2010 às 12:39
Como dito no texto, o Brasil tem evoluído cada vez mais na pesquisa de células-tronco adultas. Acerca da descoberta de células-tronco em tubas uterinas, ressalto que os cientistas as descobriram de tecidos descartados em cirurgias de retirada de útero e laqueadura e que o aproveitamento cirúrgico para a obtenção de tais células é fato a ser comemorado, pois sua utilização não levanta problemas étnicos e religiosos.
9 de maio de 2010 às 18:27
Apesar de estarem sendo estudadas há bastante tempo, as células-tronco não deixam dúvidas quanto à potencialidade de cura que podem ter e representam, ainda hoje, grande inovação na área médica. Assim, milhões de doentes não perdem a esperança e aguardam, a partir da evolução dessas pesquisas, um novo tipo de Medicina.
9 de maio de 2010 às 18:38
Apesar de já ter visto em minhas pesquisas sobre a descoberta de uma nova fonte de células-tronco e tendo a vantagem de não derivar das células embrionárias são as chamadas tubas uterinas, que são muito ricas em células-tronco, achei muito interessante o teu artigo,pois muitas pessoas não tem o conhecimento desta descoberta.
9 de maio de 2010 às 19:51
Dei sorte de ler 3 artigos bem diversos, e gostei da forma como tu falou historicamente sobre as células tronco.
Nunca tinha parado pra fazer uma análise sobre o porque de o nome ser célula TRONCO. Faz sentido, claro, é exatamente isso, é a base para o resto. Fico feliz de ver que o nosso pais tem saído na frente(junto com mais alguns, claro) nos estudos e aprimoramentos dessas celulas, pois isso é muito importante para todos nós, e torna o país importante tambem.