Desde a revolução industrial, a sociedade deixou de ser denominada consumidora e passou a ser consumista. A diferença entre esses dois termos está na forma com que as pessoas vêm adquirindo bens: antes isso se dava apenas para a sobrevivência; agora, devido aos obstáculos que o mundo impõe. No auge do desenvolvimento industrial, surgiu um novo conceito sobre a forma de produção, o qual afirmava a necessidade de criar um novo tipo de mercado que priorizava o capital. Ele excluía qualquer forma de originalidade e individualismo, pelos quais o homem vem lutando desde a Renascença, e torna as pessoas escravas dessa nova concepção de consumo.
O rótulo nada mais é que uma nova forma de classificação das pessoas, que leva em conta a aparência, a forma de vestir; ou seja, a “embalagem”. Essa rotulação tem como base a popularidade de uma marca e o quanto foi gasto na sua compra; quanto mais notória aquela for, maior será a quantia paga para adquiri-la, e maior prestígio o indivíduo terá. Embora muitas pessoas sofram com isso, elas acabam contribuindo para que recebam determinada designação, pois, assim como toda a sociedade, também consomem, mas de acordo com seus recursos financeiros. Isso nada mais é do que um ciclo vicioso, no qual as indústrias precisam de seus consumidores para se manter no mercado, porém, assim como o autor disse, as pessoas também carecem destas para se inserirem na sociedade, mesmo que isso signifique negar as suas identidades.
Observando o contexto histórico em que vivemos e a situação da população mundial, é possível identificar uma das principais causas desse processo: o capitalismo. A partir do momento em que o homem passou a priorizar o lucro pessoal, a produção tornou-se muito mais acentuada, e as empresas criaram diversas formas para conseguir vender seus produtos. Uma delas é usar as pessoas como “out-doors”, divulgando sua marca através do próprio produto à venda, negando assim a autenticidade que pagamos para ter. É necessário que esse sistema de mercado seja corrompido e que surja um novo modelo que beneficie toda a sociedade, independente da sua condição social. Para que isso aconteça, as pessoas também precisam colaborar; elas têm que se conscientizar das circunstâncias em que estão e dos seus direitos e se mobilizar para mudar esse quadro.
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